Apresentação acontece no dia 20 de abril, às 21 horas, no Teatro Guaíra. Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos.
Um dos mais impactantes espetáculos brasileiros, “Cão Sem Plumas”, da Companhia de Dança Carioca Deborah Colker, premiado com “Oscar” mundial da dança, o prêmio russo “Benoin de la Danse”, chega a Curitiba, no dia 20 de abril, às 21 horas, no Teatro Guaíra. A apresentação, que é baseada no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), traz dois elementos culturais ao palco: balé e filme, unidos dando voz ao poema de forma árdua, atual e universal, pois aborda a pobreza da população ribeirinha nordestina, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. Este é o primeiro espetáculo da renomada Cia. Deborah Colker com temática explicitamente brasileira no currículo. Os ingressos estão sendo vendidos pelo Disk Ingressos. A Cia. conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995.
O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana, a destruição da natureza, sendo o “Cão Sem Plumas” a representação dos rios nordestinos e das pessoas que vivem em seu entorno.
Os elementos da dança, com os corpos dos 13 bailarinos, se dialogam com o cinema, nas cenas de um filme projetado no fundo do palco, realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife.
A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.
Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.
Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações, que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.
Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão Sem Plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira.
“Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.
Companhia de Dança Deborah Colker
Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo).
A coreógrafa brasileira Deborah Colker foi a primeira mulher a escrever e dirigir um show do Cirque du Soleil, quando criou o espetáculo Ovo, em 2009. Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
João Cabral vivia em Barcelona, como diplomata, quando leu numa revista que a expectativa de vida no Recife era menor do que na Índia. A notícia foi o impulso para fazer O cão sem plumas. Publicou em 1953 O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife e, três anos depois, sua obra mais conhecida, Morte e vida Severina. Sua poesia, das mais importantes do Brasil, é marcada pelo rigor e pela rejeição a sentimentalismos.
Roteiro
1. Aluvião
2. Rio Ribeirinho
3. Caranguejão
4. Canavial
5. Rio Cão
6. Mangue
7. Garça
Mantenedora PETROBRAS
Patrocínio PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO / SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
A PETROBRAS APRESENTA A COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER QUE CONTA COM O PATROCÍNIO DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO / SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
SERVIÇO:
Espetáculo “Cão sem Plumas” - Cia Deborah Colker.
Data: 20 de abril – sábado.
Local: Teatro Guaíra – grande auditório (Rua XV de novembro).
Horário: abertura da casa (20h) e início do espetáculo (21h).
Duração: Aproximadamente 1h10.
Classificação Indicativa: Livre
INGRESSOS:
PLATEIA - R$ 66,00 meia-entrada / R$ 126,00 inteira.
BALCÃO I A - R$ 66,00 meia-entrada / R$ 126,00 inteira.
BALCÃO I B - R$ 43,50 meia-entrada / R$ 81,00 inteira.
BALCÃO II - R$ 43,50 meia-entrada / R$ 81,00 inteira.
* Taxa administrativa do Disk Ingressos já inclusa no valor.
* A meia-entrada é válida para Doadores de Sangue devidamente comprovados, Estudantes devidamente comprovados, Idosos conforme Lei, PNE, Portador de Câncer e Professor.
* Desconto de 50%: para Gazeta do Povo (titular mais 1 acompanhante); Cartão Fidelidade Disk Ingressos (titular mais 1 acompanhante). Associado Porto Seguro (mais 1 acompanhante); Cartão Petrobras e Força de Trabalho (Compra de até 2 ingressos por apresentação);
*Desconto de 20% Cartão Banco Votorantim Nacional, Internacional, Gold e Platinum (Compra de até 2 ingressos por apresentação).
Ingressos já à venda nos quiosques do Disk Ingressos nos shoppings Estação, Mueller, Palladium e São José, via Call Center (41) 3315-0808 e no site: https://www.diskingressos.
*Crédito: Cia de Dança Deborah Colker.