O abuso psicológico é um grande responsável pela geração de traumas na infância, no desenvolvimento pessoal e até mesmo futuramente no âmbito profissional. Nesse momento de quarentena, é notável que a maioria dos responsáveis e crianças já estejam saturados da rotina em casa, o que pode acarretar a prática de abuso psicológico, mesmo que de forma não intencional. Pensando nisso, a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga dá algumas dicas fáceis de como os pais/responsáveis devem agir no ambiente familiar, a fim de evitar essa prática e tornar os relacionamentos em casa emocionalmente saudáveis.
1. Elaborem uma rotina mínima de tarefas domésticas a serem realizadas sozinhas ou com o auxílio do responsável e também atender a rotina das atividades escolares. Ainda nessa construção, considerar os momentos de brincar de maneira livre e em família (juntos).
2. Se morarem em casa, explorem a área externa. Seja um jardim, uma grama, garagem para brincar e respirar um ar em alguns momentos do dia.
3. Caso residam em apartamento, verifiquem se tem a possibilidade de ficar na varanda ou na sacada (com segurança, preferencialmente se tiver tela de proteção) e utilizem esse espaço para momentos de brincadeiras e leituras.
4. O diálogo deve ser sempre parte da rotina para evitar pendências emocionais e psicológicas nesse processo.
Lembrando que os adultos devem sempre ter bom senso e a consciência do volume de atividades que uma criança suporta realizar e também a carga emocional envolvida nas demandas, sejam elas com as tarefas dentro de casa ou com as atividades escolares.
Os responsáveis devem compreender que a quarentena atinge emocionalmente todas as pessoas, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. A instabilidade emocional pode estar presente em vários momentos, por isso é importante não haver sobrecarga de demandas e cobranças nesse período. “É relevante considerar o tempo dedicado dessa criança às aulas on-line ou pela TV para não extrapolar seus limites e ocorrer à falta de interesse e concentração. Outra orientação é conversar e sempre explicar para a criança os novos modelos e desafios chegados com a quarentena”, reforça a psicopedagoga.